segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Diálogo Teórico

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCACÃO – SME/NATAL

CENTRO MUNICIPAL DE REFERÊNCIA EM EDUCAÇÃO ALUÍZIO ALVES – CEMURE

NUCLEO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL – NTE/NATAL

TUTORA: KAREN CHRISTINA PINHEIRO DOS SANTOS


EIXO 1 – ELABORAÇÃO DE PROJETOS

Atividade-1.2 – Fórum: Diálogo teórico
Após essa viagem no tempo conhecendo alguns dos teóricos que marcaram uma trajetória de ideais educacionais vamos compartilhar as reflexões sobre tais pressupostos com os colegas da turma

O diálogo teórico sobre as concepções de educação vividas na história é uma oportunidade hipertextual do confronto de idéias, das retomadas conceituais e a construção de novas estratégias pedagógicas que venham a atender a novos agenciamentos cognitivos. Não se trata de apontar erros e intenções ideológicas experienciadas por esses teóricos, mas perceber, na linha do tempo, como se deu a construção do pensamento pedagógico e como ele influencia fortemente em nossa prática. Esse diálogo mostra ou nos faz refletir qual nossa concepção de ensino e de aprendizagem e seus efeitos na prática.

Nessa interação dialógica realizada no Fórum: Diálogo Teórico, as contribuições do grupo ajudaram a visualizar o entrecruzamento destes teóricos, por exemplo, em FROEBEL o aprendizado depende dos interesses de cada um e se faz por meio da prática. Para ter interesse é preciso sentir, gostar, amar. É nesse ponto que encontramos um link nas idéias de PESTALOZZI em considerar que os sentimentos têm o poder de despertar o processo de aprendizagem autônoma na criança. A aprendizagem por meio da prática encontra respaldo em DEWEY, ao propor a aprendizagem através da atividade pessoal do aluno e KILPATRICK ao afirmar que as atividades escolares deveriam partir do dia-a-dia do aluno. Ambos defendem a idéia de projeto como método de desenvolver as capacidades física,emocional e intelectual do aluno. FREINET, define educação como processo que abarca o ser integral a partir dos princípios norteadores que são: senso de responsabilidade, senso cooperativo, sociabilidade, julgamento pessoal, autonomia, expressão, criatividade, comunicação, reflexão individual e coletiva e afetividade.

Entende-se hoje que o interesse de cada um é carregado de história de vida, são conhecimentos prévios que já trazemos antes de entrar na escola e que precisa ser articulados com o conhecimento mais elaborado na prática escolar. Essa articulação é o processo trabalhoso, seu resultado favorável ou não depende da concepção curricular. DECROLY, propõe o princípio de globalização que se baseia na idéia de que as crianças apreendem o mundo com base em uma visão do todo, que posteriormente pode se organizar em partes, ou seja, que vai do caos à ordem. Em nosso cotidiano as coisas não são separadas, agimos e pensamos fazendo conexões, quando vamos para a escola fragmentamos nosso olhar. PAULO FREIRE, compreende a articulação entre o conhecimento prévio e conhecimento sistematizado, uma ação política construída pela realidade sócio-cultural dos alunos, pressupondo que o ato de conhecer fundamenta-se na cultura do educando, como ponto de partida para que o aluno avance na leitura do mundo, compreendendo-se como sujeito histórico. Sendo assim, enfatiza o diálogo entre o conhecimento que o aluno traz, enquanto sujeito histórico, e a construção do saber, criticando a educação bancária, em que o professor depositava conhecimentos e o aluno os recebia passivamente”.

Toda navegação teórica intertextual comentada aqui pelos grupos possibilitou observar que na intercessão histórica das idéias pedagógicas entre esses pensadores, recai em um único ponto: construção do conhecimento a partir das experiências cognitiva e social do aluno mediado pelo professor. HERNANDEZ reflete essa discussão considerando o projeto enquanto mecanismo que contribui para o desenvolvimento do raciocínio do aluno e, por isso, precisa está inserido na proposta curricular da escola com atuação conjunta dos alunos e dos professores.

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